segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Embate entre Rede Globo e Rede Record



Entre Deus e o Diabo. Socialmente, o dinheiro é comparado com o diabo. Os fiéis fervorosos condenam o capitalismo, criticam as pessoas que pensam muito em capital. Mas por que, então, a Universal está cravando essa briga com a Rede Globo?

Essa concorrência entre os dois veículos é gerada pela briga pela audiência. Quanto mais audiência, mais retorno financeiro. A Universal, que tanto diz que é movida pela fé dos fiéis não é diferente. E para que tanto dinheiro se o destino de todos (sejam os herdeiros do Império Marinho, o Bispo da Unviversal ou os menos favorecidos) é o mesmo? Sete palmos debaixo da terra.
Enquanto o Deus Globo está no horário de maior audiência, a Santinha Record investe insistantemente nos Merchandising. A emissora número 1 gasta milhões nas súper-produções de novelas e coloca algumas propagandas no meio das tramas, como produtos de beleza, por exemplo. A estratégia da frustrada vice-liderança é colocar publicidade no meio dos programas. O telespectador louco para ver a repercussão de um assunto e eis que surgem as ótimas propóstas para o telespectador adquirir uma câmera digital, um remédio ou aparelho para emagrecer, ou até mesmo um plano de saúde que só não faz a pessoa ressucitar.
Na edição do programa Repórter Record deste domingo, a TV Record apelou. Ao invés de trazer histórias que interessam o público, algo leve e interessante para passar nas últimas horas do final de semana, uma das reportagens feitas pela equipe da empresa era mais ou menos assim: “Boa vida dos herdeiros de Roberto Marinho”. Vamos e venhamos, o dono do Império está morto há 6 anos. Que tal deixá-lo descansar em paz? E outra, vai me dizer que os membros da Universal vivem em uma pensão de quinta categoria e levam uma vida ruim?
E fica nisso. Globo noticia, Record revida, não se defendendo, mas atacando a concorrência, e por aí vai...
Essa guerra não leva a nada. Se a intenção é manipular o público, dificilmente o objetivo será alcançado. Eu não surpreenderia se o telespectador mudasse literalmente de canal e voltasse a sintonizar as rádios da cidade.
Nessa coisa toda de “Quem pode mais chora menos”, o telespectador fica aí, no meio da briga entre os dois deuses da comunicação.



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