quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Linhas tortas

Eu tentei ser uma das residentes de 2011 da Rede Gazeta, fiz a prova, a entrevista, todos (desde a minha família até colegas de trabalho, professores e amigos) esperaram a minha aprovação, torceram, vibraram com a seleção para a primeira fase e prometeram jogar ovo podre nos meus longos cabelos. E não, eu não passei.


Chorei, me desesperei, cheguei em casa com o rosto inchado e vermelho, fiquei triste, me julguei incapaz, falei que era uma fracassada, fiquei com vergonha de mim mesma. Em resumo, me senti um lixo. Mas, recebi tanto, mas tanto apoio, que eu tive que erguer a cabeça. Essa experiência serviu para eu acreditar mais em mim, valorizar as pessoas que estão ao meu lado [quanto amor e carinho tenho recebido!].

Acredito, mais do que nunca, que Deus escreve certo por linhas tortas e sei algo muito bom está reservado para mim. Talvez, essa experiência iria atrapalhar o sonho de publicar o meu livro. Talvez, essa seja a oportunidade que eu tenho para crescer, aprender mais e me preparar para outras decepções que eu sei que virão. Talvez, outros estudantes precisavam mais fazer esse curso do que eu.

Estou rodeada de ótimos profissionais na área do jornalismo e o que é meu está guardado. Como um amiga me disse ontem, isso pode servir para fortalecer o meu namoro [sim, foi no ombro dele que eu chorei mais de duas horas seguidas durante a madrugada]. Pode também ser algo que me faça refletir sobre “idealizar” e sofrer por coisas tão pequenas.

E, definitivamente, isso é muito pouco para eu desistir de ser uma grande repórter.

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