quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Do que ela não queria. Do que ela sempre quis...

Ela sempre curtiu sair, dançar, beber, conhecer um monte de gente sem o compromisso de atender no dia seguinte. Isso terça, quarta, quinta, sexta-feira e sábado. E o domingo? E a deprê? E a vontade de ter alguém para ir ao cinema, que faça todas as suas vontades, que esteja esperando você chegar de viagem para te ver?

Quando estava solteira, queria namorar. Quando estava namorando, queria estar solteira. E ela estava do jeito que o diabo gosta: muitas amigas solteiras, aula só uma vez por semana, se formando, querendo baladas, funk e sertanejo todos os dias, comprando vestidos novos, saltos novos, saindo às 23 horas e só chegando quando a noite já era dia.

O que ela menos queria? Do que ela fugia? De gente no pé dela, de rolo, namoro, tico-tico-no-fubá. Porém, como menininha criada no interior, sempre quis ter alguém que a buscasse no trabalho, fosse carinhoso, quisesse estar com ela, gostasse da companhia dela, pensasse em conhecer a família dela. Ser solteira era o que ela queria naquele momento, mas não para a vida.

Mais forte do que isso era a vontade de ter um romance, frio na barriga, passear de mãozinha dada, abrir mão da micareta badaladíssima para estar agarrada com ele. Sabe aquele monte de coisa boba de casalzinho apaixonado? Então, isso mesmo. Era bobo, era cafona. Mas ele a conquistou. Como? Vai saber.


Tudo aconteceu com uma big velocidade, quase assustadora. Ele, baladeiro, nitidamente queria namorar. Ela não. Não naquele momento, não daquela forma, não em menos de um mês, com uma pessoa que nunca tinha visto. Mas aceitou, deu a cara bater.

E agora? Agora, eles parecem duas crianças, dois bobos. Estão viciadinhos um pelo outro. Apresentando amigos, famílias. Por incrível que pareça: foi no ombro dele que ela chorou uma recente derrota. Eles estão juntos em tudo, fazendo planos, abrindo mão de coisas que gostam um pelo outro. Parecem bobos. Bobos felizes.

A consideração final: um dos melhores "sims" que ela já disse até hoje. E passear de mãos dadas na praia, viajar para a Serra, ir no Mc Donald's no cinema... nunca foi tão divertido, nunca deu tanto frio na barriga.


É um relacionamento cheio de compreensão, conversas e um pouco [muito] de ciúmes. Dois jovens caminhando para a vida adulta e aprendendo aos poucos todas as suas dificuldades. Juntos. Ela, ciumenta, insegura e de uma personalidade quase indecifrável; ele, carinhoso e amante o suficiente para conquistar o coração dela, de todas as maneiras.


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