segunda-feira, 17 de outubro de 2011

E um mês depois...

Fui baladeira por muito tempo e me acostumei a viver sozinha. Minha vida era um grande “faço o que bem entender”. Mas, as coisas mudaram. Eu bem que tentei me desviar, mas foi inútil. Não foi difícil deixar de lado todas aquelas convicções e assumir a condição de comprometida, até porque só eu sabia o que era melhor para mim e o que eu queria de fato.

Em um sábado em que as boates estavam com programação fraca decidi ir a um rock "furado" na Ilha, tudo de última hora. Chegando lá, o pensamento era apenas isso: "O que eu estou fazendo aqui?". Entre uma reclamação e outra, uma vodka e outra, uma rebradinha, uma lamentação... a resposta veio. Minutos depois, horas depois, dias depois. E hoje eu sei, exatamente, o que eu estava fazendo lá. Coisa de destino. Sim, eu acredito nisso. É como já dizia Exaltassamba: "Que coisa louca, eu já sabia. Enquanto eu me arrumava algo me dizia: 'Você vai encontrar alguém que vai mudar a sua vida inteira da noite pro dia'!"

Uma das coisas mais difíceis está sendo aprender a dividir a vida novamente com alguém. Estou dando umas belas cabeçadas para reconhecer que agora eu tenho alguém a quem dar satisfações, que pode ser atingido por tudo o que eu faço. E cabe a ele me mostrar que, se por um lado algumas regalias não existem mais, por outro, eu tenho carinho, atenção, companheirismo e um monte de paparicos, nem sempre merecidamente, mas sempre recebidos.

Troquei as noites de boates e shows por conversas e mimos a dois. No fim das contas, era mais medo meu de deixar a zona de conforto, sem cobranças, DRs, satisfações, mas também, sem ninguém. De bem resolvida eu não tinha nada. Vivia bem comigo, porque ninguém tinha revirado minha cabeça o suficiente pra tomar coragem e mudar.

Hoje, aqui estou eu, com aquele usual álbum de fotos no melhor estilo “casais românticos capa do caderno Tilibra” decorando meu perfil no Orkut e Facebook, fazendo planos que não são mais só meus e deixando fluir todos aqueles sonhos que eu já achei serem coisas de uma simples mulherzinha. Porque todo dia tem alguém pra me mostrar que eles são muito mais que isso.

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