
Na quinta-feira a noite, minha mãe veio com o questionamento sobre o que estavaa contecendo que a Record fez uma matéria criticando a Globo. Eu me lembrei da terça a noite, quando vi a primeira matéria da TV Glovo.
Antes, eu estava incomodada com o fato de que na segunda-feira, quando eu chegasse na sala de aula, teria que me virar para arranjar um tema, digo três temas, para escrever as crônicas de Valmir. Deixei de assistir o Jornal Nacional para dar vez à sua pequena cópia, o Jornal da Record.
Na sexta-feira bem cedo, às 6h da manhã eu já estava no chuveiro, tomando banho, quer dizer, congelando. O frio era tanto que eu já nem pensava no sono. Mas não é que conforme a água congelante descia a inspiração vinha junto? Foi dito e feito. Desesperadamente peguei o papel e a caneta e soltei o verbo.
Desta vez eu não perdi o raciocínio porque fui ligeira, mas perdi a conta das vezes que deixei de escrever um bom texto por não ter o papel do lado. Seria a solução colocar um bloco de anotações e um lápis no armário?
A minha ira é que a inspiração teima em vir justamente na hora em que eu não tenho um papel e uma caneta para escrever. E o banho, que é onde eu paro para pensar na vida tem sido meu amigo fiel.
A decisão de tomar coragem para às 6h da manhã começar escrever foi complicada. Aliás, decisões difíceis estão fazendo parte do meu cotidiano nos últimos dois anos. Primeiro a decisão de que rumo eu daria para minha vida. Que curso fazer? Sair de casa, morar sozinha? Longe do meu pai e da minha mãe? Não? Sim? Siiim, eu decidi e nem acredito que fui capaz de tanta audácia.
Mas tomar uma decisão é algo que mexe profundamente. Não somente com a rotina, mas com os sentimentos. E lembra aquela inspiração que vem sempre na hora errada? Muitas vezes ela também me ajudou nas matérias para o Faesa Digital. E eu já vi tantas pessoas avisando que iam sair daquele estágio, que imaginei que quando chegasse minha vez eu tiraria de letra. Que nada!
Eu recusei duas propostas de estágio e não poderia fazer isso de novo. É fato que eu prefiro a prática da redação, porque é isso que eu quero fazer o resto da minha vida (pelo menos por enquanto), mas uma oportunidade com Assessoria será muito bacana para elevar meu nível de conhecimento e contato com outras áreas.
“Como eu vou comunicar ao meu chefe? Já imagino a reação dele.” E foi realmente como eu imaginava. Ele ficou calado e um filme passou pela minha cabeça. Lembrei de tudo que aconteceu desde quando entrei na faculdade. Como o FD (para os íntimos) ajudou na minha adaptação, como eu me divirto na redação e como descobri que eu amo esse curso. Eu não deveria sair, não é o que eu queria agora. É o famoso ‘entre a razão e o coração’. Estou indo pela razão, porque sei que preciso ter novas experiências, ver as diversas formas de exercitar o Jornalismo, mas meu coração pede para eu ficar.
E é que todo mundo tem uma crise existencial. Depois de quatro dias com meus pais, meia hora antes de voltar para Vitória, me deparei com o desespero. O desespero que não querer voltar, de querer abandonar a faculdade, o Jornalismo. O consolo partiu da minha mãe: “Não, tanto que você gosta do curso, minha filha”. Porém não basta gostar, é preciso estar bem, estimulada. O que eu quero agora, é voltar para casa, voltar para a minha antiga vida.
A alternativa encontrada por mim foi decidir (mais uma decisão) não ir para minha casa em São Roque por um bom tempo, porque se eu for eu sei que não volto.
Acho que se eu comentar aqui, não vai aparecer porque vai ficar preto.
ResponderExcluirNão, não ficou. ¬¬
ResponderExcluirPorra, por que só no meu essa bagaça fica preto? ¬¬"
Enfim... Ainda tenho meus comentários adicionais pra fazer sobre esse texto, na aula do Teixeira, hm.
ResponderExcluirMedo!
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