terça-feira, 18 de agosto de 2009

Um banho e uma decisão


Na quinta-feira a noite, minha mãe veio com o questionamento sobre o que estavaa contecendo que a Record fez uma matéria criticando a Globo. Eu me lembrei da terça a noite, quando vi a primeira matéria da TV Glovo.

Antes, eu estava incomodada com o fato de que na segunda-feira, quando eu chegasse na sala de aula, teria que me virar para arranjar um tema, digo três temas, para escrever as crônicas de Valmir. Deixei de assistir o Jornal Nacional para dar vez à sua pequena cópia, o Jornal da Record.
Na sexta-feira bem cedo, às 6h da manhã eu já estava no chuveiro, tomando banho, quer dizer, congelando. O frio era tanto que eu já nem pensava no sono. Mas não é que conforme a água congelante descia a inspiração vinha junto? Foi dito e feito. Desesperadamente peguei o papel e a caneta e soltei o verbo.

Desta vez eu não perdi o raciocínio porque fui ligeira, mas perdi a conta das vezes que deixei de escrever um bom texto por não ter o papel do lado. Seria a solução colocar um bloco de anotações e um lápis no armário?

A minha ira é que a inspiração teima em vir justamente na hora em que eu não tenho um papel e uma caneta para escrever. E o banho, que é onde eu paro para pensar na vida tem sido meu amigo fiel.

A decisão de tomar coragem para às 6h da manhã começar escrever foi complicada. Aliás, decisões difíceis estão fazendo parte do meu cotidiano nos últimos dois anos. Primeiro a decisão de que rumo eu daria para minha vida. Que curso fazer? Sair de casa, morar sozinha? Longe do meu pai e da minha mãe? Não? Sim? Siiim, eu decidi e nem acredito que fui capaz de tanta audácia.

Mas tomar uma decisão é algo que mexe profundamente. Não somente com a rotina, mas com os sentimentos. E lembra aquela inspiração que vem sempre na hora errada? Muitas vezes ela também me ajudou nas matérias para o Faesa Digital. E eu já vi tantas pessoas avisando que iam sair daquele estágio, que imaginei que quando chegasse minha vez eu tiraria de letra. Que nada!

Eu recusei duas propostas de estágio e não poderia fazer isso de novo. É fato que eu prefiro a prática da redação, porque é isso que eu quero fazer o resto da minha vida (pelo menos por enquanto), mas uma oportunidade com Assessoria será muito bacana para elevar meu nível de conhecimento e contato com outras áreas.

“Como eu vou comunicar ao meu chefe? Já imagino a reação dele.” E foi realmente como eu imaginava. Ele ficou calado e um filme passou pela minha cabeça. Lembrei de tudo que aconteceu desde quando entrei na faculdade. Como o FD (para os íntimos) ajudou na minha adaptação, como eu me divirto na redação e como descobri que eu amo esse curso. Eu não deveria sair, não é o que eu queria agora. É o famoso ‘entre a razão e o coração’. Estou indo pela razão, porque sei que preciso ter novas experiências, ver as diversas formas de exercitar o Jornalismo, mas meu coração pede para eu ficar.

E é que todo mundo tem uma crise existencial. Depois de quatro dias com meus pais, meia hora antes de voltar para Vitória, me deparei com o desespero. O desespero que não querer voltar, de querer abandonar a faculdade, o Jornalismo. O consolo partiu da minha mãe: “Não, tanto que você gosta do curso, minha filha”. Porém não basta gostar, é preciso estar bem, estimulada. O que eu quero agora, é voltar para casa, voltar para a minha antiga vida.

A alternativa encontrada por mim foi decidir (mais uma decisão) não ir para minha casa em São Roque por um bom tempo, porque se eu for eu sei que não volto.

4 comentários:

  1. Acho que se eu comentar aqui, não vai aparecer porque vai ficar preto.

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  2. Não, não ficou. ¬¬
    Porra, por que só no meu essa bagaça fica preto? ¬¬"

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  3. Enfim... Ainda tenho meus comentários adicionais pra fazer sobre esse texto, na aula do Teixeira, hm.

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