Essa tal certeza

Muita gente da minha sala reclama que não sabe se escolheu o curso certo. Fico com pena e tenho até medo, às vezes, porque eu tenho plena certeza de que fiz a escolha certa.
Tá, eu não me simpatizo com assessoria, talvez por só ter experiência com a redação e já ter passado muita raiva com essa categoria.
Mas eu realmente sinto que me "encontrei no Jornalismo". A reportagem é algo que fascina, me encanta e me anima. Gosto tanto de fazer a pauta (no sentido de produzir mesmo, não em elaborá-la como nas aulas de Impresso), apurar, escrever, editar. Não tenho a mínima vontade de fazer de fazer nada além disso.

E o "grande barato" de ser jornalista é poder escrever/falar sobre coisas que te interessam e você gostaria muito de se informar mais. É o famoso "matar dois coelhos com uma cajadada só", porque pode escrever, trabalhar e noticiar o que te importa, às vezes.

Desde quando eu saí da casa dos meus pais, ouço falar nessa tal de Síndrome do Ninho Vazio. Já me falaram que isso é bobeira, mas eu acho que não.
Eis que agora, três anos depois, surge um trabalho na disciplina de Laboratório de Jornalismo Impresso em que eu teria que escolher um tema. Como sempre, eu queria um tema sugerido por mim, sem que ninguém pudesse o copiar.
Professor escreveu no quadro: "Universitários do interior". A turma inteira olhou para mim e me apontou. Resolvi aceitar essa 'bagaça' e entrar de cara nessa. Produção de pauta é chatinho chatinho, mas dessa vez eu curti. De cara já mudei meu enfoque. Porque falar dos filhos que saem de casa é fácil. Eles estão em uma vida nova, com novos amigos, cidade diferente, faculdade. Difícil é para quem fica em casa (os pais), com o "ninho vazio", preocupados, sentindo-se como se não tivessem mais tanta importância.
Eu vivo isso até hoje e sei muito bem como é.
Sirvo até como fonte para mim mesma.
E estou tão empolgada para executar a pauta.
Quando estiver pronto, publico aqui.

beijomeliga!