Quantas coisas aconteceram desde 2008 para cá, quando decidi sair da "minha" casa e vir para Vitória. Amadureci em alguns pontos, continuei boba em outros, aprendi a me virar sozinha e passei a assumir meus erros e responsabilidades.
Mas acho que a única coisa que não mudou foram meus amigos. Conheci muita gente, ótimas pessoas, mas o que me marca mesmo são aqueles lá de São Roque, que conhecem meus apelidos cafonas, sabem dos meus complexos e me veem como a tagarela mais complicada das bandas de lá!
Em março, minha amiga/prima falou no telefone com o meu então [hoje ex] namorado. Ela se identificou assim: "Ei, primo, sou a melhor amiga da Roberta". Essa simples frase me deixou pensativa o resto do final de semana.
Pensando bem é com meus “contatos” aqui da Capital que eu vou para rock, é para os meus novos amigos que eu conto as novidades e decepções, é com eles que vou caminhar na praia, nas boates, no cinema e mais... mas, não foi com eles que eu passei os melhores momentos da minha vida.
Voltando à frase da minha prima... "Como ainda somos melhores amigas se a gente não se fala mais todos os dias e ela não está comigo em todas as enrascadas?". Depois de muito pensar, a resposta: porque só a minha pequena sabe que eu odeio dançar forró e comer cebola, briga quando como muito algodão doce em festas infantis, repara quando reprovo algo. Só ela foi dama de honra comigo, foi minha inimigazinha. Porque foi para ela que eu contei quando dei meu primeiro beijo e foi no meu ombro que ela chorou a primeira decepção amorosa. Porque é para ela que eu ligo chorando de madrugada, é com ela os meus melhores rocks e melhores histórias, é ela que eu 'acoberto' no verão, é ela que me dá os conselhos mais variados, que põe apelidos hilários nas pessoas... Porque ela, só ela, é a minha MELHOR.
E o que é melhor? O que faz com que uma coisa continue sendo a melhor mesmo depois de tanto tempo? Não dá para explicar. Porque amor não se explica, amor se sente!
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