quarta-feira, 24 de agosto de 2011

E seus pais...

William Shakespeare nunca escreveu nada que eu não concorde, mas, especialmente hoje, não consigo tirar essas palavras da minha mente:

"... Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso..."

Pois bem, ontem foi meu aniversário e eu já acordei com o celular avisando que eu havia recebido um e-mail da minha mãe que dizia:

"Aquela menininha linda de cabelinhos encaracoladinhos, cheia risos e mimos, que só tomava 'dedeira' na caminha, hoje cresceu, está mais linda, vivida, quase independente, mas continua sendo minha menininha, minha bonequinha e também minha amiga. Às vezes, fica meio irritadinha, mas logo tudo passa. Adora um cheirinho da mamãe e do papai e nós estamos aqui sempre que você precisar.
Milhões de beijos e abraços, minha filha. Te amamos muito
Feliz Aniversário."
 

É óbvio que eu caí no choro e logo fui tomar banho para ir à faculdade. Deposi disso, ela me ligou e eu não consegui atender. Mais tarde, meu pai, sempre esquecido e na dele ligou, dizendo que sou o maior orgulho dele, simplesmente por ter conseguido conquistar a confiança sua com meus pequenos gestos. Ele disse que não se esquece um minuto das minhas manias e manhas e agradeceu por eu ser assim, tão grudenta.

Aí hoje, sem nada para fazer, abri o aplicativo "Pharses" do Facebook, que dizia: "Há mais dos seus pais em você do que você supunha". E aí você fica pensando, né? Será que isso é verdade? E chega à conclusão de que é apenas uma versão modificada, uma junção de todas as qualidades e defeitos daqueles dois, daquelas duas pessoas que eu mais amo no mundo.

O jeito ignorante, seca, antipática, bipolar, temperamental, que faz amigos a cada instante é do papai. Já aquele perfil da menina que gasta dinheiro à toa, que fala alto, é tagarela, reclamona é totalmente da mamãe!

E o melhor de tudo é saber que, independente das características que eu herdei, sempre vou ganhar aquele colinho gordinho, aquele carinho no cabelo, aquele abraço que me recebe e se despede, aquele esporro por eu ser muito baladeira ou dirigir mal e é tão mágico saber que, depois de 21 anos, ninguém roubou o meu lugar e eu continuo sendo a menininha do papai e da mamãe!










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