terça-feira, 3 de janeiro de 2012

"Maria Camarote"

Na minha época de balada [lê-se: boate na terça, quarta, quinta, sexta e sábado], eu queria era estar na pista, no meio da muvuca, da galera, onde dava para dançar e conversar, perto do bar e ao mesmo tempo do banheiro. E por que não na frente do palco? O que eu curtia mesmo era andar, ter espaço.

Mas aí, em quatro anos [contando desde que vim para Vitória] as coisas mudaram taaanto. O camarote antes era um quadrado que abrigava alguns baladeiros que não queriam ficar no meio da folia. Hoje, transformou-se em um local de "achismo" e "convencimento". Tenho amigos que pagam absurdos para colocar amigos e amigas nesses lugares, pagando as melhores bebidas a noite toda. E o pior: não bastasse isso, a graça é divulgar no dia seguinte que o rock foi muito doido e quantas garrafas de vodka e wisky [da melhor qualidade, é claro!] foram consumidas.

E, por acaso, hoje me deparei com esse texto no blog Diário de Solteiro que descreve bem a situação:

"Aqui na minha cidade é muito comum você entrar numa balada, nas quais tem o famoso “camarote”, aliás uma coisa que eu acho relativamente fútil. Fútil pois tem casas noturnas que o camarote não passa de um degrau de menos de meio metro com um espaço muito apertado para acomodar tantas pessoas que querem ‘aparecer’ ali, separado apenas por umas barras de ferro bem fajutas, me lembra um chiqueirinho.

Na noite por aqui o que mais se vê são mulheres, e na sua maioria meninas até que bonitas, ou pelo menos bem arrumadas, lutando por um espaço entre os caras com mais grana e mais nome na cidade (em cidade pequena a coisa é bem complicada) dentro dos camarotes nas baladas. Se batem, se empurram dentro de um espaço ridículo que mal cabem 4 pessoas, se degladiando para aparecer nas fotos dos sites – principalmente – ao lado dos ‘bacanas’ da cidade.

Nessa situação, a maioria fica de fora, pois aqui o interesse impera, não se tem muito diálogo com a maioria das mulheres, elas vivem numa eterna luta para aparecer com os bacanas, não dão espaço para novas ‘amizades e se acham as donas do pedaço, mas  a maioria não é nada do que aparenta ser.

Estúpidas e grosseiras, só querem saber de aparecer, não tem conteúdo, só aparência. Tanto pessoas de dentro como de fora da cidade já comentaram sobre este comportamento das mulheres daqui, é uma coisa que acontece faz muito tempo, só os “adjetivos” e as gerações é que mudam. Parece que crescem ouvindo que só devem conhecer e se relacionar com pessoas que tem status, pessoas que “andam na sua turma”, que tem dinheiro, enfim, vocês já entenderam a como funciona, né? "


E nada mais a declarar!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário