sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Duasdécadas...

Então, eu sumi, mas como quem é vivo sempre aparece e eu estou viva... Advinhem? Voooooolteeei!

E muita coisa aconteceu.


Tive férias, não descansei, não aproveitei, não fiz nada. meu julho se resumiu a acordar às 11 horas da manhã todos os dias de semana, tomar banho, almoçar, ir para a Redação, chegar em casa às 20h, ficar na internet até de madrugada, dormir, acordar tarde de novo. Esse é o resumo. Para quebrar a rotina, fiz minhas visitinhas básicas à São firmino, como de costume.

Ainda não me conformei com essa volta às aulas tão precoce, até porque este período está um porre. Não aguento mais ouvir falar em índices, Política fiscal, Inflação, PIB, Cidade-Estado, aliás, estou de saco cheio de muita coisa, essa rotina chata, essa vontade de me formar logo, esse tudo.

Duas décadas recém completadas. A comemoração foi mais do que perfeita eu diria. A começar com a conversa de "mulher para mulher" que minha mãe quis ter comigo. Entre as muitas coisas ela disse que "É hora de pensar no futuro, fazer planos, deixar de lado as lembranças da infância e arquivá-las na memória. Você se tornou adulta, e isso mudará completamente sua rotina de vida". Aí, ela me fez pensar na época que eu completei 15 anos: eu quis uma festa, um book e só queria poder ir para festas sozinhas, além de entrar na faculdade e morar sozinha. Agora, com 20 anos, realmente os meus desejos são outros: penso em me formar, me destacar em alguma empresa de comunicação, ou seja, penso em coisas que eu jamais imaginei que pudessem me causar preocupação.

A saída de casa e boa adaptação é algo que até eu me surpreendo. Sentir saudade de casa, não ter quem te um beijo na testa de boa noite, quem fale "durma com os anjos", quem faça sua comida preferida, quem você conta suas aventuras e que ainda ri da sua cara. É, sobreviver sem a mãe por perto tem sido meu maior obstáculo pós 15 anos. Minhas preocupações também mudaram. Eu, que antes me preocupava o mês inteiro com uma única balada, tinha uma vida pacata até demais, hoje estou quase me formando, trabalho em um jornal reconhecido, ganhei a confiança dos meus pais e nem preciso mais planejar meus rocks.

É tão legal ver que as pessoas estão animadas para ir à sua festa. Consegui levar para a São Firmino pessoas que juravam que jamais iriam para a boate. Aproveitei, comemorei ao lado de gente bonita e querida, cantei "Parabéns, Parabéns, Parabéns. Hoje é o seu dia, que dia mais feliiiiiz" no colo do meu amigo, cheguei em casa às 7 horas da manhã, após ir na casa de um amigo com parte da galera, cheguei em casa com minha prima, fui abordada com um "isso é hora de chegar, Doninha?", tomei banho, fiquei com a família, fui almoçar com meus pais, irmão e prima, fui passear na praia com os meninos de Vila Velha, apresentei a famosa Rua da Lama para minha prima...

Na segunda, dia do meu aniversário, tudo começou muito cedo. O café da manhã preparado pela melhor mãe do mundo foi interrompido várias vezes por ligações de "Parabéééééééns", fui para a Faesa, almocei com a família, fui para a Redação, tive festinha surpresa, fomos para o bar fazer uma comemoração só com o pessoal do Jornal, cheguei em casa morta, às 23 horas, super feliz com o meu dia, que estava bem longe de acabar. Tudo porque fui repreendida por um "Quer namorar comigo?". Foi o melhor presente que eu poderia ganhar, sem dúvida.

E a vida nova continua.

Em breve, os próximos capítulos...

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