domingo, 5 de junho de 2011

Desabafo!

Tem gente que detesta domingo porque, depois do almoço, rola aquele tédio e todo mundo se dá conta de que o final de semana acabou. Tem também os que aproveitam o domingo apenas para descansar das baladas. Seja lá pelo motivo que for, é fato que o domingo, para mim pelo menos, é um dia triste.

Assim como não gosto de Natal, Ano Novo e Páscoa [dias tristes] também não gosto de domingo. É o dia que eu mais sinto falta dos meus pais e, algumas vezes, torna-se impossível segurar o chororô. Este dia é ruim para mim de qualquer jeito.
Quando estou em São Roque, eu acordo, vejo os familiares, arrumo minhas malas, almoço, fico mais alguns minutos com meus pais e volto para Vitória. E posso falar? A sensação que tenho ao pedir a benção para minha mãe e balançar as mãos dando tchau, de dentro do carro, continua sendo a mesma, quatro anos depois [horrível, triste, dolorosa]. O choro sempre vem preso comigo, junto com minhas bolsas. Aí eu chego em Vitória, descanso e a noite chega. Lembro dos carinhos da minha mãe, da forma como ela conversa comigo, ora me tratando como uma neném, ora como uma mulher. É estranho isso.
Quando passo o final de semana em Vitória, a situação é ainda pior. Acordo tarde no sábado, almoço com meu irmão [que nem sonha o quanto eu choro escondida], passo a tarde vendo TV, na internet, com os amigos, vou para o rock, acordo tarde no domingo de novo também, almoço e pronto. Entra em cena uma Fachetti que ninguém conhece: aquela que é mega sensível, carente e que agora, nesse momento, daria tudo para poder dar um abraço bem apertado no papai e na mamãe!
Eu posso almoçar nos melhores restaurantes, mas é a comidinha da minha baixinha que eu queria, é os esporros dela e chantagens que eu queria ouvir, minha vontade sempre é deitar na barriga do meu cabeça branca.
Posso confessar? Ninguém imagina a vontade que sinto de jogar tudo para o alto e voltar para MINHA casa. Esse desejo sempre vem quando estou me despedindo ou quando me deparo com a solidão do meu quarto.
Passando os canais enquanto almoçava, revi a matéria do Globo Repórter sobre a Síndrome do Ninho Vazio. Eu até já fiz matéria sobre isso. Mas é um assunto que mexe tanto comigo, principalmente em um domingo, dia em que eu ganharia muitos bejos e abraços dos meus "velhos". Existem coisas na vida que a gente nunca se acostuma. E conviver com essa distância é muito mais complicado do que parece!
É difícil se fazer de forte. Eu tento, juro que tento, mas tem hora que não dá, é impossível. Aí eu me tranco no quarto, escondo minha cabeça no travasseiro e abafo meu choro.

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