segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O terceiro adeus que eu não pude dar

Há oito anos, vivi a dor de perder um amigo. Vivi o meu luto, chorei, gritei, me reservei, lembrava dele todos os dias... Só eu sei quanto foi difícil superar isso. Se é que é possível superar. Depois, veio a morte do Leandro Juru, um amigo de Colatina.

Perder um amigo significa perder um irmão, perder a pessoa que você escolhe para estar ao seu lado e ser seu confidente o resto da vida. Como já dizia Milton Nascimento, na Canção da América, "amigo é coisa para se guardar no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam "não", mesmo esquecendo a canção. O que importa é ouvir a voz que vem do coração". Essa música passou a ser "insuportável" para mim depois de ouví-la no enterro de Danilo.

E agora eu volto a viver toda aquela dor de perder um amigo. E o pior: da mesma forma, por acidente.
A segunda-feira prometia ser linda e cheia de novidades. Mas, não foi. Cheguei no trabalho e, ao entrar no Facebook, me deparei com a notícia da morte de um amigo. Aquele que, na época de faculdade, pegava ônibus no mesmo ponto que eu, sentava comigo no ônibus, fofocava sobre rocks e peguetes, me acompanhava na academia e, enquanto eu sofria malhando, ficava na Rua da Lama bebendo.
Como não me lembrar do cavalheirismo do Rhuan? Sua marca registrada era cumprimentar as meninas, mesmo que já fossem íntimas, com um beijinho na mão. Que educado, que fofo, que gente boa!
Ele se formou em 2010 e voltou para Mimoso do Sul, cidade que amava. Nos afastamos, mas cotinuávamos nos comunicando por internet. E que saudade eu sentia dele, que saudade vou sentir dele me zuando.
Rhuanzito, descanse em paz, pequeno! Você está no meu coração!

Quantas vezes senti vontade de dizer o quanto ele me divertia e o quanto eu confiava nele... Que aperto no peito. É a vida mais uma vez me dando uma lição.


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