segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Negligência

A gente ouve falar em negligência e logo pensa em casos de morte e grandes erros, medicação errada e tal. Mas, e quando a negligência é fruto de algo que não foi feito?
Dois dias antes de ser internada, dia 19 de setembro, no final da tarde, fui para o Centro Integrado de Atenção à Saúde (CIAS – UNIMED), com febre e fortes dores renais. Lá, vi pessoas com gripe, dor de garganta e afins sendo consultadas e medicadas, enquanto eu, tonta de dor, ficava me “contorcendo” e chorando (literalmente) de dor. Depois de muito reclamar e quase armar barraco, fui atendida.
Um médico seco, frio, que não teve o mínimo de cuidado de encostar em mim, chamado Antônio Tadeu Neves (anotem o nome para nunca caírem nas mãos dele), pediu apenas um exame de urina, mandou eu tomar remédio na veia, viu o resultado do exame, disse que eu estava com uma infecção muito forte, que meu corpo está horrível e que eu precisava muito emagrecer. Ok, eu sei, mas não fui lá por questões de estética.
O maravilhoso médico [só que não] receitou um antibiótico de R$ 268 e me liberou. Comecei a tomar o remédio no dia seguinte (quinta-feira, 20 de setembro). À noite, febre de 39,7º, muita dor (MUITA MESMO) vômito e sangue na urina. No dia seguinte, não consegui sequer me arrumar para ir ao trabalho.
Marquei um Urologista, o primeiro e mais próximo que vi na lista telefônica da Unimed, doutor Sandro Moreira. Ao chegar lá, a frase assustadora: “Você precisa ser internada imediatamente”. Ao mesmo tempo, ele mostrou-se estarrecido pelo fato de o tal médico [porteira] não ter pedido nenhum exame a mais para ter mais detalhes sobre a infecção. E ainda há quem critique a saúde pública.
Que desespero. Não há como definir a sensação de saber que você precisa ser hospitalizada e não ter seus pais ao teu lado para darem todo o apoio necessário. Então, começamos (eu e a avó do meu namorado) a luta pelo hospital (particular). Passei em casa, coloquei algumas roupas na mala e fui. Santa Rita? Sem vaga. Apart? Sem vaga. Cias? Sem vaga!
A solução foi ir para Colatina às 20h40 da noite. Chegando lá, a internação aconteceu em menos de vinte minutos.


E aí vêm os aprendizados desses dolorosos dias, no outro post!

Nenhum comentário:

Postar um comentário