segunda-feira, 1 de agosto de 2011

De toda essa frustração

Em tempos de Trabalho de Conclusão de Curso, tensão, ansiedade, medo do futuro, proximidade da formatura, tudo parece muito confuso nessa cabecinha. Parece que eu e o Jornalismo nos encontramos há sééééééculos, quando, na verdade, tem apenas quatro anos. E quer saber? Parece que tem taaaanto tempo que estou nesse meeeeio...

E hoje [lamento!], o jornalismo só produz boas matérias pensando em prêmios. Quando chega perto do período de inscrições do Prêmio Capixaba de Jornalismo ou do Prêmio Ecologia, por exemplo, só se vê produtores loucos em busca de boas pautas, boas histórias. Por que não, então, produzir matérias admiráveis ao longo do ano e depois ter a possibilidade de escolher as melhores?

O público virou marionete nas mãos das grandes empresas. Hoje, não se pauta mais pensando no que o público quer e tem interesse em ver, ou no que é notícia de fato. O público acaba sendo usado para a promoção das empresas. Reportagens especiais viraram mercadoria nos tempos atuais e, se isso é frustrante para qualquer um, imagina para uma quase formada em Jornalismo, cheia de sonhos e utopias? Calo-me!

E aí que o jornal A Gazeta de ontem publicou uma entrevista com o jornalista Gildo Loyola, em que o próprio título já tira toda essa frustração: "Prêmio é ter boa foto na primeira página". FIM

Às vezes, eu tenho a impressão, triste, de que nenhuma rede social, câmera digital ou telefone vai poder substituir a sensibilidade e capacidade de contar histórias dos bons e velhos colegas de profissão. Aliás, essa é uma certeza que eu tento retirar de mim todos os diias!

É por essa e por outras que todos os jornalistas que eu defino como melhores já têm cabelos grisalhos!

;)



Nenhum comentário:

Postar um comentário